sexta-feira, 24 de abril de 2009

ATUAÇÃO NO INTER SM

Mata - mata na Ulbra!
Grande amigo e profissional!

Visita do Secretário Tubias em Porto Alegre!
Olá amigos!
Nesta postagem, falo algumas coisas sobre os bastidores do Inter SM e minha participação na Comissão Técnica. Vou citar apenas nomes de pessoas que são amigos e que sei não se importarão de terem seus nomes expostos e também por serem as que mais me identifiquei.
Tudo começou com algumas ligações no meu celular, do Dr. Aníbal Rolim, as quais eu só notava depois,pois nunca estava com o celular próximo. Quando tentava retornar a ligação, geralmente estava na caixa postal ou desligado e fiquei sabendo depois que era por motivos profissionais.
Também acompanhando pela imprensa da cidade, soube que o treinador havia sido demitido e que em seu lugar assumiria o Jorge Anadon. Em uma declaração à imprensa, o Anadon perguntado sobre sua Comissão Técnica disse que gostaria de trabalhar com um amigo da cidade, profissional que já havia trabalhado com ele e por quem ele tinha muito respeito e carinho. Perguntado sobre meu nome, ele desconversou, inclusive disse a alguns amigos meus que sequer me conhecia, essas coisas que quem o conhece sabe que ele é campeão de fazer. Brinca bastante e às vezes algumas pessoas levam a sério e quando descobrem este lado bonachão e amigo dele passam a admira-lo.
Contato feito com o Dr. Aníbal, foi feito não o convite, mas o pedido para que ajudasse o clube neste momento difícil que se encontrava e pediu que falasse com o Anadon pois ele estava atrás de mim. Não poderia dizer não aos amigos Rolim e Anadon e apenas pedi um tempinho para me organizar e sem dúvida iria trabalhar com eles.
Assisti o jogo contra o Santa Cruz e já foi informado à imprensa que eu estaria integrando a Comissão Técnica da equipe para a Copa Fábio Koff.
Confesso não ter gostado nada do que vi na equipe no aspecto tático e principalmente no aspecto físico. Notadamente a equipe caia de rendimento na segunda etapa de jogo e isto estava já sendo falado pela imprensa havia bastante tempo.
Participei de um Programa Esportivo naquele dia, na Rádio Santamariense, em companhia do Cláudio Pacheco e do Mateus Beltrame, e tentei ao máximo esconder a preocupação que tinha, e que já havia confidenciado ao Anadon sobre o aspecto físico da equipe e consequentemente com respingos no aspecto técnico e tático dos atletas em função do sobretreinamento que estavam aparentando.
Na minha chegada, pedi insistentemente ao setor de preparação física que me repassasse os testes e avaliações físicas feitas e o planejamento de trabalho, coisa que nunca consegui.
Como tínhamos um tempo até o jogo contra o Brasil de Pelotas, onde deveríamos vencer em função da baixa pontuação na tabela, conversei com o Anadon, coloquei minhas sugestões de redução de carga de trabalho físico e outras metodologias de treinamento e aliado também a competência e experiência do Anadon no planejamento de trabalho, a equipe passou a treinar com mais qualidade, com menor volume e principalmente com objetivos pré estabelecidos.
Foi um período difícil para mim, pois havia aquela sensação de que eu estava ali para derrubar pessoas, substituir profissionais que estavam sendo contestados pela imprensa e também pela direção. Reconheço que em um primeiro momento fui convidado a assumir a parte física total, mas em conversa com o Anadon expus a ele meu interesse em auxilia-lo na parte técnica e ele pediu então que monitorasse o trabalho e desse opiniões na área que também conheço que é fisiologia e treinamento desportivo.
Sei que sempre houve uma certa rejeição à mim por algumas pessoas que trabalhavam no clube, até por alguns que acreditava serem meus amigos, mas como sou muito determinado e de personalidade forte, não me deixei abater e pensei: estou aqui para ajudar meus amigos que pediram, então não preciso me preocupar com os outros, pois se faço o que me pediram, não devo explicações a ninguém mais.
Tive todo apoio do Presidente Carlos Rempel, do Supervisor Celso Carvalho e dos amigos Sadi e Mano, pois já havia trabalhado com eles em outras oportunidades e eles são sabedores do meu caráter e principalmente da minha forma de trabalhar, sempre tentando ajudar.

PREPARAÇÃO PARA JOGO COM O BRASIL – PE
Hoje posso falar na palavra rebaixamento, mas quando assumi, em conversa com o Jorge Anadon e o grupo, ficou definido que nos preocuparíamos na busca de somar pontos e tentar à classificação para próxima fase da Copa Fábio Koff. Sabíamos que somando pontos e nos classificando, certamente estaríamos livres do rebaixamento, fato este que seria trágico para o clube, ruim par a cidade e principalemnte para mim que estaria praticamente sendo julgado por todos pois sou daqui, bem com alguns atletas que também são da cidade.
Treinamos por um período considerado bom mas não o suficiente para recuperação total da equipe no aspecto físico, pois tínhamos que reduzir a carga em função do cansaço dos atletas. Projetamos o jog então em cima de uma marcação forte e de uma consciência de nossas deficiência e de nossas qualidades. O grupo assimilou o esperito competitivo e determinado do Anadon e tivemos algumas baixas no plantel, mais por opção pessoal dos atletas do que por outra coisa. Penso que tenha faltado profissionalismo para um goleiro e para um meia de ligação, pois o primeiro quase nos deixou sem opções para o banco de reservas e o segundo, seria titular mas sentiu a pressão e faltou coragem para assumir a responsabilidade. Hoje pensamos: que bom que eles não ficaram, pois quem ficou estava realmente a fim de ajudar, e ajudaram muito!
Veio o dia do jogo e com ele muita ansiedade. Tivemos de concentra no próprio clube por questões de economia financeira e acreditávamos muito na vitória. Jogo difícil, erramos pênalti, mas tivemos competência para construir uma vitória, com esforço e dedicação do grupo. Gols de Vainer e de Ale Menezes (2) e uma vitória importantíssima por 3 x 2. Os primeiros 3 pontos estavam conquistados. Agora sairíamos para dois jogos muito difíceis, um em Caxias do Sul e outro em Porto Alegre.

JOGOS FORA DE CASA
Novamente tivemos um período para trabalhar e principalmente para recuperarmos a equipe que terminou o jogo muito desgastada.
Sabíamos que enfrentaríamos dois adversários muito fortes e precisávamos estar bem para tentar conquistar pontos.
A direção nos deu todas as condições de viagem e estadia para Caxias e fomos bem motivados para buscar um bom resultado.
Aí, como acontece no futebol, fomos surpreendidos com um gol muito cedo na partida, gol de pênalti duvidoso, o que acarretou um desestabilização emocional na equipe. Não jogamos mal, mas acabamos perdendo este jogo e a equipe novamente teve um desgaste físico muito grande. Tivemos chances de gol, não fizemos e o Juventude em franca ascenção na competição nos venceu por 3 x 0.
Saímos abatidos para Porto Alegre, onde enfrentaríamos o Internacional, o poderoso, que goleou todas as equipes no Beira Rio e até fora dele.
Ficava o temor por uma derrota humilhante, onde aí, se acontecesse, seria muito difícil um retomada da auto estima dos atletas e principalmente na motivação.
Montamos um sistema, para muitos retranqueiro, mas muito bem assimilado e aceito pelos atletas, onde marcávamos muito, utilizamos a característica individual dos atletas e demos funções a eles.
Quase perfeito, não fora a qualidade técnica individual do atletas adversários e acabamos perdendo por 1 x 0 e deixando claro que a partir daquele jogo nós buscaríamos a classificação. O Anadon disse ao final do jogo: “No domingo que vem, diante do Avenida, começa o nosso campeonato.” E foi assim!

NOSSO CAMPEONATO
Voltamos para casa determinados a fazer destes últimos quatro jogos a nossa sobrevivência. Cada jogo seria o mais importante de nossas vidas. Jogo a jogo buscaríamos resultados. Dificuldades muitas, problemas físicos, desgastes, essas coisas teriam que serem transpostas com muita determinação, com muita motivação e acima de tudo, com muito amor próprio, amparados por nossos familiares, amigos leais e por torcedores.
A imprensa falada teve um papel importantíssimo nesta caminhada, nos apoiando muito. O jornal A Razão também nos ajudou muito, veiculando notícias e sempre nos colocando para cima. Não falo de outros órgãos, pois alguns ainda fazem questão de divulgar o que é ruim, pois é o que vende e o que dá lucro. Vou citar os nomes dos profissionais da imprensa, ao final , para que sintam-se abraçados pela ajuda que nos deram!

AVENIDA
Jogo de muita pegada, de marcação forte. De erros de finalizações, de muita ansiedade e de nervosismo. Afinal, cada jogo era o mais importante e tínhamos que vencer um a um. Conseguimos a vitória, com muito sofrimento, defesas importantes do Goico no final do jogo, empurrados por nossa torcida, familiares, amigos. Ufa! Vencemos! Obrigado MEU DEUS! Estamos na luta pela classificação!

JOGO VERGONHOSO
Veio o jogo com o Veranópolis. Preparação muito intensa, cuidados nos trabalhos da semana, planificação tática muito bem feita e chegou a grande noite. Precisávamos vencer pois estávamos fora da zona de classificação em função dos resultados de fim de semana. Vencer ou vencer!
Começamos muito bem o jogo, mas por ironia do destino tomamos um gol e tivemos de correr atrás. A torcida nos apoiando, a equipe jogando bem, logo empatamos e estávamos dando um “chocolate” no adversário, quando veio a palhaçada!
Um atleta do Veranópolis agrediu o Lino e foi justamente expulso pelo árbitro. Aí começou uma confusão, tendo os atletas do Veranópolis partido para cima do árbitro e alguns até agredindo com empurrões (como mostra a fita). Prontamente o policiamento entrou no gramado para defender o árbitro e aí os jogadores do Veranópolis passaram a cair, dizendo terem sido atingidos por uma substância química jogada por algum policial. Não vou entrar no mérito, apenas dizer que vi muitos atletas se dizerem atingidos que sequer estavam próximos ao lance. Isto gerou um interrupção no jogo e como era interesse da equipe adversária, não houve segundo tempo. Depois de uma espera pelo árbitro, como a equipe do Veranópolis não retornou ao gramado, o segundo tempo foi marcado pelo Presidente da Federação para ser jogado na outra noite.
Horrível a noite que passamos, sem dormir, preocupados, tensos, nervosos, enfim, como preparar uma equipe para jogar 45 minutos decisivos se estávamos dando um calor no adversário e com certeza se o jogo continuasse a equipe teria conseguido o resultado pelo ótimo desempenho que estava tendo. E agora? Como fazer os atletas terem a mesma concentração e o mesmo foco para o mesmo desempenho?
Foi muito difícil e aí, no jogo de terça à noite, a mão justa de DEUS deu mostras de que nós merecíamos vencer. Não tínhamos tido participação alguma na confusão da noite anterior, tínhamos sim o prejuízo da não continuidade da partida, mais gastos, mais preocupações.
O adversário teve chances de gol e não converteu. Goico fez ótimas defesas, os atacantes adversários estiveram livres e erraram. JUSTIÇA DIVINA?
Até que aos 39 minutos, Ale Menezes, sempre ele, fez o gol que nos deu a vitória e a quase certeza da classificação. Só uma combinação de resultados nos tiraria da próxima fase.
Somamos 10 pontos, estávamos juntos com o Veranópolis, atrás do Juventude com 12 e tínhamos o Avenida atrás de nós com 9 pontos e uma pedreira pela frente: enfrentariam o Inter PA em Porto Alegre e teriam que vencer ou empatar se nós perdêssemos para o Esportivo.
Muito cansados, na quarta ao meio dia embarcamos para Bento! Vamos buscar a classificação sem depender de outros resultados!

A CLASSIFICAÇÃO!
Tivemos de realizar um treinamento regenerativo com os atletas na manhã do jogo, pois eles estavam desgastados e muito cansados depois do jogo com o Veranópolis e da viagem.
Estávamos focados em conseguir a vitória diante do Esportivo, até por que tínhamos ouvido declarações do treinador deles, antes do jogo Esportivo e Inter Pa, em que este profissional disse: “ vamos conseguir pontos diante do Inter PA, ganhar do Novo Hamburgo e depois fazermos saldo em cima do Inter SM em casa.” Que falta de ética do rapaz! Tomou uma goleada em casa do Inter PA (6 x 2), outra goleada do Novo Hamburgo ( 4 x 0) e perdeu para nós 2 x 1. Que bobagem ele disse! Se ficasse quieto seria melhor! Ganhou apenas um jogo dirigindo o Esportivo e falava em nos golear!
Usamos isto no vestiário e o que se viu foi uma equipe muito determinada a buscar a classificação, sem nos importarmos com os outros resultados.
Ganhamos com propriedade, apenas mais uma vez a equipe apresentou um cansaço muito grande e aí sabíamos que estávamos chegando no limite. Mas o objetivo estava alcançado. UFA! CLASSIFICAMOS A EQUIPE, E O QUE É MELHOR: NÃO FALAVAMOS EM REBAIXAMENTO MAS DESDE O JOGO COM O VERANOPOLIS ESTE FANTASMA JÁ ESTAVA EXORCIZADO!

ULTIMO JOGO!
Saímos de Bento Gonçalves para Porto Alegre, onde ficaríamos até a segunda feira, para tentarmos recuperar nossos jogadores para o jogo com a Ulbra.
A direção novamente atendeu nossas solicitações e nos deu todas condições para trabalharmos.
Tentamos, mas como já havia dito: estávamos no limite! Jogamos um belo primeiro tempo com a Ulbra, um erro de arbitragem nos fez cometer ua falta e tomamos um gol. Quando tentávamos empatar, levamos o segundo e aí, embora lutássemos muito, não deu. Perdemos! Só nos restava lamentar e assumir que realmente tínhamos conseguido muito. A manutenção na série A, a classificação, a transposição das dificuldades enfrentadas todo tempo. Vamos colocar tudo isto na balança, pesar, levantar as mãos para o alto e dizer:”OBRIGADO POR TUDO MEU DEUS!”
IMPRENSA E TORCIDA
Obrigado aos amigos da imprensa, Fabricio Vargas, Ricardo Lopes, Vicente Bisogno, Marcelo Bisogno, Alcides Zappe, Valdir Melgarejo, Paulo Oliveira da Rádio Imembuy; aos amigos Renato Oliveira, Miguel Gomes, André Campos da Rádio Guarathan; Antonio Tessis, Ari Vilmar da Rádio Medianeira; Fabricio Minussi, Jorge Faísca, Alexandre de Grandi, Marion Mello, Jonathan Barroso e Mateus Beltrame da Rádio Santamariense; Roberto do Espírito Santo, Rodrigo Fortes do Jornal A Razão, Gilson Piber da Universidade, Marion Bitencourt; vocês foram verdadeiros parceiros nesta jornada, divulgando e nos ajudando. MUITO OBRIGADO POR TUDO!
À torcida de Santa Maria só temos que agradecer pelo apoio e principalmente pela postura em todos os jogos. Sem confusões, sem brihgas, mas com muito carinho e afeto à equipe. PARABÉNS PELA MANUTENÇÃO DA NOSSA EQUIPE NA SÉRIA A.
MEU AGRADECIMENTO ESPECIAL À MINHA FAMÍLIA, PELA COMPREENSÃO DO MEU AFASTAMENTO, PELA TORCIDA AO MEU TRABALHO, PELA CUMPLICIDADE E PRINCIPALMENTE POR ESTAREM COMIGO. OBRIGADO FILHAS, AMO VOCÊS E POR VOCÊS LUTO! OBRIGADO CARLA PELA PELO COMPANHEIRISMO!
VALEU MAIS ESTA EXPERIÊNCIA E PENSO TER FEITO A MINHA PARTE, TALVEZ SEM COMPETENCIA MAS COM MUITA DEDICAÇÃO!
OBRIGADO! OBRIGADO! OBRIGADO!

4 comentários:

Maiquel Machado disse...

Grande Professor Dida, venho lhe cumprimentar pelo excelente desempenho na comissão técnica do Inter-SM, após um periodo de resultados negativos, o time superou as adversidades e mostrou o seu brio. Sucesso em seus novos projetos e saíba que pode contar com meu apoio e apreço.
Maiquel Machado.

Deivid Couto disse...

Parabéns mais uma vez meu amigo. Grande abraço, Deivid.

Ly Nunes disse...

Pai..parabéns sempre. e sabe que em tudo que realizares estaremos sempre na torcida como fãs numero 1 e incondicionais..afinal tu é nosso porto seguro e exemplo de homem, pai e profissional. te amamos demais e parabéns por tudo que conquistas!
(tuas filhas)

Gilson Piber disse...

O Dida é um profissional sério, competente e gente do bem. Foi peça importante na manutenção do Inter-SM na 1ª Divisão. Com o Anadon, a diretoria colorada, os colaboradores e o grupo raçudo de jogadores, o Dida venceu mais uma vez. É santo de casa e provou que a turma da aldeia também tem valor. Dida, muita luz, saúde, êxito e alegrias.Fraterno abraço,
Gilson Piber