terça-feira, 20 de setembro de 2011

ARTIGO: FUTEBOL E QUALIFICAÇÃO....

Olá amigos!
Estarei postando, ocasionalmente, algum artigo escrito e que penso tenha algum interesse. Este dessa semana foi mostrado para alguns colegas, atuantes na área do futebol, que incentivaram a postagem. Então, quem quiser comentar,por favor, sinta-se a vontade.
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Futebol e qualificação
    Autor: Professor Dida
                                               “Um professor só pode contribuir para capacitação de seus alunos se vive sua tarefa educacional desde sua própria capacidade". Maturana e Rezepka (2001),

Certa feita postei um artigo sobre futebol e as convicções que nele “existem”, mas achei melhor retirar, pois com certeza não contribuiria para nada, apenas para ser lido por alguns, criticado por muitos e entendido por poucos.
           Mas a cada vez que ouço entrevistas, leio matérias sobre técnicos e dirigentes, mais me convenço de que realmente futebol e convicção não caminham juntos. E hoje se soma a essa condição a qualificação de quem está no meio.
Sabemos todos da evolução que ocorre quase que diariamente em assuntos referentes ao esporte e, portanto ao futebol.
 São dados científicos, metodologias de treinamento, enfim, ferramentas novas que são disponibilizadas para avanço, se bem utilizadas, do desempenho esportivo.
Ocorre que quando nos deparamos com a realidade de algumas equipes, parece-nos que estas informações não chegam ou os dirigentes esportivos e responsáveis não querem utilizar.
Falam-se demais em planejamentos, organizações de clubes, gestões modernizadas, mas se esquece também que para isso é necessária uma constante qualificação de quem será o agente causador destas transformações.
Como isso não acontece, ou se acontece, não é aplicado, vemos gestões sendo implementadas da mesma forma arcaica e que obtém resultados ultrapassados.
Dirigentes convictos de que estão fazendo o melhor, e acredito mesmo que a intenção seja essa, mas tendo que a todo o momento mudar pessoas e perfis profissionais.
         Profissionais do futebol, dizendo coisas diferentes a cada semana, dando entrevistas sem preocupação com o que dizem e caindo em contradições.        
        Sim por que hoje temos acesso a praticamente tudo que é dito pelos envolvidos no futebol, já que proliferam meios de comunicação e a tecnologia pulveriza informação e conhecimento.
Profissionais falam em categorias de base como se elas fossem à salvação de erros cometidos e pudessem mascarar más gestões e más escolhas. Como o nome diz, categoria de base deve ser a base e não conheço nenhuma base que seja feita de forma acelerada, sem projeto, sem planejamento e mais ainda, que traga resultados imediatos.            
Ah! E categoria de base é investimento no mínimo em médio prazo.
Bem, tudo isso tem a ver com as escolhas que se fazem para as áreas gestoras do futebol. Passam por dirigentes de departamentos, gerentes esportivos, treinadores de equipes, enfim aquela pirâmide invertida de sustentação a algum planejamento.
Vanderlei Luxemburgo diz. “Não dá para usar os mesmos líderes de antes se os comandados mudaram totalmente".
Alguém duvida disso?
Treinadores sem qualificação, com metodologias ultrapassadas, ou às vezes sem nenhuma, dirigentes com muitas áreas de atuação, falastrões e dizendo-se conhecedores e experientes, tornam as equipes reflexos de suas capacitações e tendem a colher resultados inerentes a isso.
Mas, com certeza não é a primeira vez que isso ocorrerá, o que se espera sempre é que seja a última, mas há quanto tempo se espera isso?
E neste andar de ações quem paga? Só e somente a torcida, que vai aos poucos se cansando e deixando de apoiar os clubes e cada vez indo em menor número aos estádios e quando vão, apenas com a função de espectador e não de torcedor.      
E ainda querem justificar que está difícil fazer futebol com outras razões. Penso que só existe uma razão: qualificação. Para quem dirige e para quem executa!

Um comentário:

Rafael Dias disse...

concordo com o artigo, sabias palavras como sempre professor, grande abraço